Em clínicas oftalmológicas é comum passarmos por uma série de exames, até mesmo antes de sermos atendidos pelo oftalmologista. Esses exames dão uma visão geral de como estão nossos olhos, e um deles é a Tonometria, exame que mede a pressão intraocular.
A pressão intraocular é regulada pelo balanço entre a produção e o escoamento do líquido presente na câmara anterior do olho, entre a córnea, membrana fina e transparente que recobre o olho, e a íris, a parte colorida. Esse líquido é chamado de humor aquoso e é produzido no olho e depois escoado por um pequeno canal. A circulação desse líquido, entre produção e escoamento, é o que regula a pressão intraocular. Quando há acúmulo maior de líquido, a pressão aumenta.
O estilo de vida de cada pessoa também ajuda no controle da pressão ocular. A cafeína, quando consumida em excesso, pode aumentar a pressão ocular, enquanto exercícios físicos ajudam a reduzi-la. Porém, posições de cabeça para baixo como em alguns movimentos de pilates ou yoga podem mudar a circulação e elevar a pressão ocular, então é sempre melhor consultar seu oftalmologista regularmente e perguntar sobre exercícios adequados para cada caso.
Mas por que toda essa preocupação com a pressão intraocular?
O que ocorre é que esse líquido presente no olho, caso não seja escoado de maneira apropriada, comprime as células nervosas do olho, danificando-as, podendo levar à cegueira. A pressão elevada no olho é um dos maiores fatores de risco para o glaucoma, embora a doença também possa ocorrer sem que a pressão intraocular esteja elevada, pois pode ser congênito ou secundário a alguma cirurgia, doença, uso de medicamentos ou trauma, mas manter a pressão ocular regulada é muito importante.
O principal tratamento atual para o glaucoma consiste em reduzir a pressão intraocular, o que é obtido através de medicamentos como colírios ou com procedimentos cirúrgicos, de acordo com a recomendação do médico oftalmologista que acompanha cada caso.
Fonte: CBO – Veja Bem