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29 jan 2018

Cuidados com a saúde ocular em cada fase da vida

ANTES DO NASCIMENTO
Rubéola e toxoplasmose podem causar cegueira e problemas neurológicos na criança, por isso o acompanhamento pré-natal e a realização de sorologias são imprescindíveis.

AO NASCER
Ao nascer, a criança enxerga pouco e a visão vai se desenvolvendo no decorrer dos anos. Qualquer doença ocular ao nascimento, como a catarata e o glaucoma, pode prejudicar totalmente este desenvolvimento. O teste do reflexo vermelho, também chamado de “teste do olhinho”, deve ser realizado ainda na maternidade. Ele é capaz de detectar estas e outras doenças, às vezes gravíssimas, como o retinoblastoma (um tipo de câncer ocular) precocemente. Além disso, o bebê que lacrimejar muito, tiver mancha branca na menina dos olhos (pupila), olhos anormalmente grandes, ou ainda que não suporte a claridade, deve ser levado ao oftalmologista.

DURANTE A INFÂNCIA
A visão se desenvolve durante a infância, alcançando a maturidade por volta dos cinco anos de idade. Por isso, é muito importante que problemas de visão sejam tratados o quanto antes. Com o início da vida escolar, é possível perceber a presença de problemas refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) que podem prejudicar o aprendizado. Outro problema importante que precisa ser corrigido ainda na infância é a ambliopia, ou “olho preguiçoso”. É uma situação na qual a visão não se desenvolve plenamente em um dos olhos, embora sua aparência seja normal. Com o passar do tempo, o cérebro ignora as imagens que vem desse olho “fraco”, de tal forma que ele perde a visão. O portador de ambliopia tem dificuldade para perceber distâncias e profundidade, além de correr riscos de cegueira total, caso venha algum dia a perder a visão de seu olho saudável.

NA ADOLESCÊNCIA
Durante a adolescência e a puberdade, com frequência são diagnosticados os problemas refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia). Entre os 13 e 20 anos, as pessoas estão sujeitas ao aparecimento do ceratocone, uma doença que provoca irregularidade da córnea, às vezes acompanhado pelo hábito de coçar excessivamente os olhos. Muitas vezes o ceratocone não é percebido pelos adolescentes, pois os sintomas (aumento da sensibilidade à luz e baixa da qualidade de visão, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato) são pouco percebidos por eles. Apesar de não ter cura, os tratamentos disponíveis podem melhorar a visão, estabilizando o problema e reduzindo a deformidade da córnea.

NA VIDA ADULTA
Queixas como sensação de vista cansada, coceira nos olhos, dificuldade para focalizar imagens e lacrimejamento são as mais comuns em adultos que procuram o atendimento oftalmológico. Além da presbiopia (ou vista cansada), caracterizada pela dificuldade de focalizar objetos próximos, outros problemas mais frequentes a partir dos 40 anos são: catarata, glaucoma e retinopatia diabética. Os sintomas do glaucoma costumam aparecer somente quando a doença está em fase avançada. Se a doença não for tratada, pode levar à cegueira. Aproximadamente 85% das cataratas são classificadas como senis, conectadas ao processo de envelhecimento, com maior incidência na população acima de 50 anos. As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior do que as demais. Para que isso não aconteça, os diabéticos devem passar rotineiramente por uma consulta oftalmológica.

APÓS OS 65 ANOS
A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) causa baixa visão central, dificultando principalmente a leitura. Os danos à visão central são irreversíveis, mas a detecção precoce e os cuidados podem ajudar a controlar alguns dos efeitos da doença.

Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia

 

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